quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Brinquedos que inventamos

Não é fácil manter uma criança de 2 anos e 10 meses ocupada o dia todo. Tenho sorte, porque o Gabriel dorme todas as tardes, mas é um rapazinho bastante agitado. E temos que inventar mil coisas: eu durante o dia, e o pai, quando chega do trabalho.
Óbvio que o Gabriel tem (muitos) brinquedos, desses comprados. Mas o sucesso por aqui são os brinquedos que inventamos.
Há muito tempo não jogamos fora aqueles rolinhos de papel higiênico que já viraram “braceletes do poder” e binóculos. Pegamos pedras na rua e pintamos. Criamos monstrinhos de todos os tipos. A parede do corredor está liberada para desenhar (com um giz que, com um pouco de paciência e muita força no braço sai). Um rolo de papel alumínio virou sabre de luz. E as caixas de papelão! Essas são as estrelas da festa! Já viraram castelo, carro, pista para carro.
E o Gabriel tem dois brinquedos que são seus xodós: o escudo do Capitão América e a capa do Superman. Ambos feitos aqui em casa. O escudo ele fez junto com o pai. A capa improvisei com tecido vermelho e um botão.
Daria pra comprar um escudo daqueles lindos, que custam 50 reais ou mais? Sim. Daria pra comprar uma fantasia do Superman, daquelas lindas, que custam 100,00? Claro que sim. Aliás, ele já teve uma.
Mas a ideia é justamente mostrar pra ele que brincadeiras e brinquedos podem estar em qualquer lugar. Qualquer coisa, se vista do ângulo certo, pode virar brinquedo.
E é sensacional ver que isso gera resultados. Gabriel inventa brincadeiras com quase tudo. Consegue ver possibilidades em tudo. E nos coloca nas brincadeiras.
Outro dia saímos e o Gabriel quis levar o escudo. Não me lembro onde estávamos mas um menino mostrou, horrorizado, para os pais “olha, o escudo do menino é de papelão”. Como se fosse algo medonho. E quer saber? Fiquei com pena daquele menino. De verdade. Imagino que ele tenha muitos brinquedos, todos lindos. Mas será que essa criança consegue se divertir com coisas simples? Tenho minhas dúvidas.
Gabriel gosta de tecnologia? Claro que sim. Mexe no celular, possivelmente, melhor que eu. Escolhe o jogo ou a música que quer.
Mas ele não precisa disso o tempo todo.
E é maravilhoso ver – e participar – das histórias que ele inventa. Todos os dias somos super-heróis, personagens de desenhos, animais.


Um conselho: entre na fantasia. Brinque. Deixe fluir. A vida se renova.

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